E ao quarto dia de surdez...


...não resisti mais e pronto lá me dignei a passar mais uma manhã no hospital. Porque a surdez deu início à dor e como no estado em que estou, deixar avançar uma maleita destas, ou de outro tipo, pode ser chato, porque depois não podemos tomar nada de jeito que de facto nos alivie os sintomas, lá fui eu, para mais uma manhã de salas de espera. Falo assim, mas de facto não me posso queixar absolutamente de nada, porque aqui, neste hospital em concreto, tudo corre sobre rodas. É um dos hospitais universitários de Bruxelas e em termos de localização, para nós, não podia ser melhor, fica a cinco minutos a pé de nossa casa. Quando comecei a ser seguida na gravidez por um médico deste hospital achei todo o serviço exemplar e agora ainda acho mais. Neste hospital existem umas urgências gerais, mas durante o período normal de funcionamento diurno existem as urgências de especialidade. Assim, basta perguntar na recepção geral qual é o piso das urgências de determinada especialidade, dirigirmo-nos até lá e solicitar uma consulta de urgência. Depois, como é óbvio, temos que aguardar, mas para quem chega lá perto das nove horas ser atendido perto das 11:30/12:00 não me parece nada mal.
Mais uma vez fui tratada com muito profissionalismo, aprendi mais umas tantas palavras em francês no capítulo da otorrinolaringologia e fiz bem em ir nesta altura porque de facto já tinha uma bela inflamação e pode ser que assim ainda vá a tempo de ser uma maleita menor. Espero que o capítulo das pequenas maleitas tenha sido encerrado assim, de forma mais ou menos airosa. Ah, é verdade, e por enquanto não paguei nada em nenhuma das consultas que fiz no hospital. Eles dizem que depois mandam a conta para casa, se for necessário. Aguardo ansiosamente por saber que tipo de valor cobram, por um serviço público desta qualidade, nesta terrinha. Depois eu conto, quando ela chegar.

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