Antes de partirmos para os EUA comecei a ler, por sugestão do meu amor maior, Notas sobre um País Grande, do Bill Bryson.

O Bill Bryson é americano, mas saiu dos Estados Unidos ainda jovem e entretanto casou com uma britânica, teve quatro filhos e viveu durante 20 anos em Inglaterra.
Porém, há alguns anos atrás, a família decidiu mudar-se de armas e bagagens para os Estados Unidos.
Em Notas sobre um País Grande, o Bill Bryson reuniu as primeiras 78 crónicas que escrevia semanalmente já de terras americanas, para a revista inglesa Mail on Sunday´s Night and Day, relatando a sua readaptação ao seu próprio país, aos seus costumes, tradições, hábitos, língua, alimentação, sociedade...
Estas crónicas são qualquer coisa de hilariante.
O Bill Bryson pega nos assuntos de uma maneira muito minuciosa e peculiar, dá-se ao trabalho de distrinçar um assunto aparentemente sem interesse nenhum de uma forma mesmo muito intensa e tudo com um humor caustico fantástico. Os temas abordados e a forma como eles os escreve faz-nos sorrir frequentemente, gargalhar até e então para mim, que no momento em que li o livro estava a viver o meu primeiro mês em Houston e a encarar pela primeira vez muitas das situações descritas, foi mesmo muito interessante e divertido.
O Billy vai desenrolando o seu sarcasmo pelos hábitos americanos de uma forma que apenas um nativo que viveu 20 anos fora e vivenciou outras sociedades pode fazer.
Fala da quantidade imensurável de marketing e de consumismo neste país, da forma como os americanos forjam tanta informação, incluindo estudos científicos desde que esses estudos recebam um grande donativo de uma empresa para o qual um dos lados desse mesmo estudo científico seja mais favorável, fala em como todas as pessoas só se deslocam de carro para todo o lado e em como permanecem a maior parte do seu dia em recintos com ar artificial, em como tudo tem tantas regras e avisos não sendo possível quebrar nem uma delas sob pena de bla, bla, bla, fala das imensas burocracias e em como estas dificultam imenso uma tarefa inicialmente julgada simples, fala da pena de morte, fala de como a nossa vida aqui é infinitamente vigiada por tudo e todos, fala dos desportos americanos, dos feriados como o 4 de Julho e o dia de acção de graças, do excesso de simpatia, de zelo e de ajuda que todos os cidadãos americanos têm pelo seu vizinho...
Ao ler cada uma destas crónicas, revi-me e diverti-me imenso.
Este livro é o american way of life no seu melhor.
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