Cada criança é uma criança mas há fases concretas do desenvolvimento infantil que não há volta à dar e não há como fugir delas, seja que criança for.
Todas estas teorias e fases do desenvolvimento infantil estão mais que descritas e documentadas em qualquer livro sobre o tema mas por vezes os pais andam tão perdidos nas suas vidas tão preenchidas que acabam por não se aperceberem de determinadas situações, não dando às vezes o devido desconto aos seus pequenos, sentindo-se por vezes até perdidos, sem saberem como orientá-los melhor.
Não é a primeira vez que falo aqui do Baby Center que é um site de desenvolvimento infantil que pode funcioinar como relembrador automático do desenvolvimento do nosso filho.
Podemos registar o nosso bébe quando ainda ele está na barriga e a partir desse registo começamos a receber todas as semanas um e-mail com um qualquer detalhe ou pormenor da fase de desenvolvimento em que ele se encontra. Estes e-mails que recebemos são sempre muito bem feitos e inacreditavelmente bem coordenados com o que na realidade se passa com a criança em detrminada altura e possuem uma função não só informativa como também servem de alerta, no caso dos papás andarem mais distraídos com as suas vidas e podem ainda ser vistos como tranquilizadores, uma vez que explicam os porquês de determinada fase ou situação, sugerem dicas e formas de poder solucionar os pequenos problemas do dia-a-dia na educação de uma criança.
Bem, toda esta conversa, porque, aqui por casa, tanto a Madalena como o António andam numa fase de alimentação que... que é preciso uma pessoa fazer três sessões de ioga antes de se sentar à mesa com eles!
A Madalena agora já não se importa tanto de experimentar sabores novos e normalmente até come o que lhe pomos na mesa, mas uma vez que o seu poder de argumentação está numa fase exponencial senta-se e vai arredando bocados para o lado, vai perguntando por que não fizeste isto, ou porque fizeste assado, ou cozido, todos os dias quer um menu diferente ao pequeno almoço, acontecendo algumas vezes enganar-se no que pensava que seria o seu desejo e mudar de vontades quando o outro menu já estava preparado, esta sopa não tem sal, quero a outra carne, já sabes que não gosto dessa.... mas porque não fizeste assim, agora não me apetece isto...Ok, nada de muito grave...
Já o António, está naquela fase típica (pela qual a Madalena também passou) que só brinca e enrola a comida no prato, fala imenso, quer contar imensas histórias na hora da refeição e a comida sempre no prato... Não quer experimentar sabores novos e por isso, tudo o que tem uma aparência nova, é recusado. Nunca se queixa que tem fome, parece que poderia viver do ar, simplesmente deixar de comer.
Durante as refeições ou opto por estar de cinco em cinco minutos (para não dizer menos) a dizer: "Ah foi? Boa! Mas agora come!" ou, se por outro lado optar por não lhe disser rigorosamente nada, simplesmente toda a família come e ele continua sempre no seu bla,bla, bla até ao final, sem nunca dar uma garfada ou colherada em nada.
O caso apenas muda de figura se calha a refeição incluir batatas fritas.
Nessas alturas o difícil é explicar-lhe que cada pessoa só tem direito a uma certa e determinada dose e que ele não deve degluti-las a uma velocidade que mais parece o "monstro das batatas"!
Só mesmo a pequena Maria é que ainda está naquela fase que, na generalidade, come tudo bem, sem quase recusar nada.
Como espero que estas sejam apenas mais umas fases das suas vidas, tendo não dar muita importância ao assunto e alguns dias acabo mesmo com "ok, se não queres comer mais não comas, na refeição seguinte terás concerteza mais fome". Não gosto de fazer braços de ferro com questões que não têm assim uma relevância tão grande mas, por outro lado, tento também fazer-lhes ver que de facto uma pessoa tem que comer de tudo e que a vontade deles não pode prevalecer em tudo, havendo situações em que de facto eu "bato o pé".
O jogo dos equilíbrios nunca deixa de ser jogado nesta casa...
Assim e para facilitar, desdobro-me a inventar refeições variadas, equilibradas e sempre que posso não hesito em transformar a sua refeição numa pequena obra de arte, pois desta forma, distraídos com a orelha do coelho ou o olho de um cão, tudo é comido mais rápido.
Sem comentários:
Enviar um comentário