Hoje toca dentro de mim # 8

A Maria João, filha mais velha do padrasto do meu amor maior, morreu há dois dias com 44 anos e hoje é o seu enterro.
Não conhecia bem a sua história de vida, nem a conhecia assim tão bem, mas dificilmente me tem saído do pensamento a sua mais recente história. Porque ela tinha sido mãe ainda não tinha feito dois anos, porque descobriu em Agosto que tinha um cancro dos mais graves nos pulmões, porque começou logo assim que soube com quimioterapia da mais forte, porque ao fim de um mês o cancro já estava no cérebro e no coração e ela começou a ter AVC´s sucessivos, porque mal teve tempo de organizar a vida toda ao seu filho com a sanidade e o discernimento suficientes e principalmente, como ela era mãe solteira e estavam pendentes uns assuntos também menos agradáveis com o pai do seu filho, porque este pequenino ficou à guarda de uma prima, prima esta que provavelmente ele não tinha visto na vida mais do que uma ou duas vezes... 
Independentemente de todo o resto da história que está para trás, também me parece, que um pai ver uma filha partir nunca deveria acontecer, porque não é a ordem normal das coisas, porque deve ser a maior prova de sanidade por que um pai tem de passar.
Nesta vida, para se cá andar, não é só preciso andar na linha, também é preciso ter uma "boa sorte", uma pequena estrelinha e isso obviamente que não é controlado por nós...




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