Waterloo, Regina e António


Parque de Waterloo
No aeroporto da Portela, quando estava no check in, a senhora que estava atrás de mim, perguntou-me se viajava para Bruxelas como turista ou para viver. Fez-me esta pergunta porque achou estranho tanta gente de volta de mim a cirandar. Eu contei-lhe resumidamente a nossa aventura. Ela respondeu-me: " Há 40 anos atrás estive exactamente nas mesmas circunstâncias que a Rita está hoje. Tem aqui o meu e-mail e telefone. Quando quiser ligue-me e tomamos um café em minha casa em Waterloo". Logo à partida, tive um bom feeling com a Regina. Eu tenho esta mania, dos feelings iniciais que cada nova pessoa que conheço me transmite, que por vezes já sairam errados, mas na maioria das vezes não me engano. E com a Regina não me enganei.
Combinámos um café em casa dela em Waterloo, numa tarde de sexta-feira. Chegámos bastante atrasados devido à chuva e trânsito caótico, mas valeu tanto a pena. A Regina e o seu marido António parecem os dois da nossa idade. São pessoas com uma "open mind" espectacular. Contaram-nos a sua história resumidamente e deram-nos conselhos, dos quais alguns ficaram gravados dentro de mim de uma maneira tão intensa que nem sei bem explicar porquê. Muito calmos no seu discurso, (mesmo perante todo o caos que a Madalena e o António instalaram naquela casa impecavelmente arquitectada e decorada) tivémos uma conversa agradável e muito reconfortante.
Depois disso já voltamos a Waterloo, para visitar alguns pontos históricos. Esta é a Waterloo da famosa "Batalha de Waterloo", onde Napoleão perdeu definitivamente o seu poder, a favor dos ingleses e seus aliados belgas e neerlandeses. É uma cidade pequenina bem à minha medida, com tudo "à mão de semear". Adoro! Pronto, e quando lá vamos dá sempre para trautear um pouco da canção dos ABBA!