Mais um Rédon perfeito!


Isto de aproveitar as sobras de comida de uma refeição e transformá-las numa outra refeição totalmente diferente e igualmente saborosa deveria ser um capítulo muito mais estudado e abordado no mundo da culinária.
Nos dias que correm é impossível desperdiçar e comer "sobras de ontem" não se pode dizer que seja uma premissa muito animadora para o início de uma refeição... Não é muito mais fantástico e entusiasmante poder responder à pergunta:" O que é hoje o comer?" com um alegre e surpreendente "Rédon!"?

Pois o Rédon de hoje foi um daqueles de luxo, daqueles que me trazem memórias da minha casa materna, memórias da minha querida avó Emília... Este era um dos pratos que a minha avó fazia se calhava haver sobras de uma refeição com bacalhau e por vezes fazia-o, mesmo não havendo sobras, porque este rolo de bacalhau é tão bom e o regalo que sentimos enquanto o comemos é tanto que, tal e qual como a minha pequena Madalena tão bem exprimiu, só temos vontade de dizer :" A partir de agora, quero comer rolo de bacalhau todos os dias!"
Fazer um rolo de bacalhau não tem sapiência nenhuma, é muito semelhante à receita dos pastéis de bacalhau, com algumas apenas pequenas diferenças.



Fazer um refogado com a cebola bem picada e com todos os restantes ingredientes que um bom refogado exige (alho, pimenta, louro e azeite q.b.).
Juntar ao refogado o bacalhau desfiado (previamente já cozinhado).
Separadamente cozer batatas e assim que estiverem cozidas esmagá-las.
Juntar as batatas cozidas esmagadas ao refogado com o bacalhau.
Envolver tudo muito bem.
Juntar um ovo e salsa picada e voltar a envolver tudo muito bem.
Pegar em pequenos pedaços da massa e moldar pequenos rolos de cerca de 15 cm de comprimento com a ajuda de pão ralado.
Passar o rolo por ovo batido e novamente por pão ralado.
Fritar em óleo bem quente.

PS Não tenho quantidades de nada. Faço tudo a olho, calibrada pelas memórias de cirandar na cozinha com a minha avó enquanto ela cozinhava.

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