Este meu espírito de à partida resistir mais do que devia às mudanças, ainda não me permitiu abraçar e vestir a camisola do novo acordo ortográfico, que agora já se encontra em vigor.
Este acordo que pretendeu unificar a nossa Língua Portuguesa (aqui deveria ter escrito com letra pequena?) afinal continua a ter excepções (suprimir o "p" da próxima vez) e diferenças entre os países que o assinaram e até fez com que houvesse a hipótese de escrever a mesma palavra "correctamente" (aqui para ser correto, deveria ser assim, sem "c") de duas formas diferentes no mesmo país.
A língua de um país tem sempre associada a história desse mesmo país e querer unificar a língua portuguesa entre todos os países onde o português é falado é, quanto a mim, uma tarefa herculeana que à partida poderá trazer ainda mais erros ortográficos e a acrescentar aos erros ortográficos, erros de semântica. Eu sei que este é um pensamento um pouco à velho do restelo. De início, as alterações aos hábitos são sempre difíceis mas depois com o tempo acabam por terem que ser adoptadas (suprimir o "p" da próxima vez).
Enfim...
A mim custa-me por exemplo suprimir o hífen nas formas do verbo haver mas um dia eu hei de fazê-lo...
Custa-me escrever "ninguém para este acordo" e ter a certeza que todos receberam a mensagem correcta... É que agora para do verbo parar não é acentuado. Percebem o que eu digo quando afirmo que ocorrerão concerteza mais erros de semântica.
Custa-me escrever ator, ação, lecionar e excecional.... as palavras parecem-me nuas e sem sentido. É uma deceção.
Por outro lado devo manter bactéria e compacto neste acordo tão intelectual.
Caso esteja na minha horta, não tiro o hífen a nenhuma das espécies que por lá houver: couve-flor, feijão-verde e abóbora-menina mas por outro lado retiro o hífen a este microssistema com produção não agroindustrial.

Lentamente tenciono ir-me adaptando e adotar definitivamente este novo acordo num futuro próximo, para mim, para os meus filhos e para os que me leem.
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