.... and so on, and so on, em qualquer outro verbo sinónimo dos anteriores.
A vida do meu pequeno António resume-se a uma prática constante destes verbos e agora (ou será que nunca deixou de ser?) estamos numa outra fase em permanentemente desafio, sempre a puxar o "nosso" fio, a testar até onde ele aguenta sem quebrar.
Não posso distrair-me nem descontrair um minuto com este miúdo. Se onde ele está há silêncio, só pode ser por dois motivos: ou está a fazer asneira da grossa ou está hipnotizado a ver um boneco.
Ontem, na nossa tarde já muito preenchida com a execução dos presentes para o papá, a minha atenção teve que redobrar.
Primeiro não posso descuidar todos os utensílios de bricolage que utilizamos que, junto do António, podem transformar-se em minutos em potenciais objectos de arremesso.
Segundo, tento defender, com conta peso e medida, todos os seus golpes de invenção e criatividade exagerados junto dos presentes que elaboramos na altura, ou junto do seu próprio corpo ou da casa e mobília em geral!
Bem, o que é certo é que a tarde de ontem não foi só presentes e bricolages...
Envolveu gritaria do último grau, muito choro e também alguma aflição.
Costuma dizer-se que um minuto de descuido é a morte do artista... pois, enquanto eu me virava para colocar de lado a porcaria do paninho (agora só me dá vontade de lhe chamar assim!) que tinha acabado de passar a ferro e que iria servir de caixa para o puzzle, o António resolveu pegar no ferro assim à mão cheia...
Grande queimadura na palma da mão, uma grande bolha, muito choro.
Depois de muita água fria rumámos à farmácia, toda a trupe claro, mamã, Madalena, Maria e o António sempre a chorar...
Recebemos toda a prescrição de tratamento, com muitos alertas de como uma queimadura destas pode gerar uma infecção grave.
A esta hora, estou uma autêntica perita em tratamentos de queimaduras, desde como rebentar uma bolha, a drená-la, desinfectá-la, hidratá-la, ligá-la...
Não dá para desligar o motor de alerta nem um só segundo sob pena de acontecerem estes acidentes. Desligar, só mesmo quando toda a equipa dorme e mesmo assim...
1 comentário:
É verdade Ritinha, uma distração de segundos, pode ser fatal. Um dia a Inês, tinha uns dois anos, colocou as mãos na porta do recuperador de calor... Lá fomos para o Hospital. No fim da confusão, as palavras da pediatra, foram muito reconfortantes... "Veja o lado positivo, nunca mais volta a fazer o mesmo"...
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